De uma descida rápida por uma escadas, encontro-me contigo. Paro. Olho-te. Não me olhas. Quase me ignoras, mas eu sei que não, chego-me e num sorriso quase tremido olhas-me e eu escuto o som da tua guitarra. Mais um olhar pelo canto do olho pergunto se te posso retratar. Acenas com a cabeça que sim. Eu rápida registo. Mas os teus olhos logo me fugiram. Não sei o que sentes, mas imagino pelo teu tímido olhar. Fazemos juízos de sentimentos e de vidas que por nós se cruzam. De facto quando vamos na rua por vezes damos por nós a imaginar a vida de outros. Dei-te um sorriso e desci as escadas com o som da tua música.
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